quarta-feira, 11 de abril de 2012

Havia tantos escritos no meio do quarto. Havia tantos sonhos abortados. Tanto sufoco no meio disso tudo. Havia tanta dor, que teimava em escorrer por olhos tão cansados. Ninguém podia ver a tristeza, a solidão que inegavelmente afastava tudo. E tinha medo de tudo. Medo de perder as pernas no meio da desenfreada fuga. Não havia descanso para isso. Não havia cartas, risos, alegrias. Então eu vi você com teus humildes e risonhos olhos. E você foi o único que não me deixou sozinha. E você foi o único que compreendeu meu motivo de não poder falar. Você foi o único que viu que valia a pena acreditar em mim quando ninguém mais o fazia.

                                                                             Larissa Rebecca