quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Todo amor que tenho guardo em folhas, cheiros, na memória e no coração todo doído. E eles nem sabem que isso me fez mais forte. Fiquei frágil, dengosa, sonhadora.. 
Não, não foi ninguém, foi por mim mesmo. Minha vontade em superar toda e qualquer coisa. 
Cresci com a ajuda das palavras. Me pego brincando com duas ou três, e quando percebo, já escrevendo um texto com tantas páginas, me fazendo pare
cer maior do que realmente sou. Você lê e não sabe o que eu estava sentindo quando o escrevi.
Podes pensar que estava chorando, e eis que estás enganado: estava a rir.
Não preciso me explicar, quem eu sou não necessita de explicação.
Deixei pessoas felizes, fiz alguns rirem, outros tantos chorarem. Fui deixando minha marca em cada pessoa que passou por minha vida, mesmo as com intenções estranhas.
Percebes agora? O quão comum eu sou? Vê que escolho o caminho por onde ando com mais sorte que bom-senso?
Tem dias moço, que me acho esperta sabe? Outros que me vejo em vielas sem saída, sem qualquer pedaço de papel em que eu possa escrever um pedido de socorro.
Há dias em que a vida me engole mesmo, e me cospe depois, desperdiçando tantas folhas desse conto sem pé nem cabeça.
Sou um grande drama, que não é todo sorriso que se dispõe a me aguentar.
Sou toda cheia de amor, lembrança, carinho, esperança, choro, saudade, mãos dadas..
Vivo nas entrelinhas, todas erradas.
Como agora.

                                                         - "Como sou" por Larissa Rebecca